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"Trocava cravos por beijos!"
Dizia a revolução,
"Quero pautar utopias
Com canções de outra invenção".
E afinando a garganta,
Batendo o pé na colcheia,
Mesmo quando a maré vaza,
Ela canta à maré cheia.
Nem paus, pedras, nem palavras,
Nem mesmo com águas mil
Se pode vencer a morte
Que ocupa as ruas de Abril.
"Mas troco cravos por beijos
Por entre os seus estilhaços,
Mesmo com amor aos cravos,
Prefiro beijos, abraços.
Mas troco cravos por beijos
Nos lábios da liberdade
Renovar a primavera,
Na flor da proximidade."
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